2 de março de 2010

Quem não disse que o amor não vai?

Esse deixar-se levar. As portas que não consigo fechar- por mais que tente, por mais que tente. Esse abrir da porta e os meus passos rápidos dados em incosciência-consciente do saber quem está chegando. Essa falta total de controle sobre o respirar da casa alheio a minha asfixia. Vivo em conversas de mim para mim & outros cujo rosto não me importo: nessa tentativa patética de auto afirmação. Quiçá se repitir a cada sentença uma (in)verdade ela passe a ser real e eu possa finalmente fechar portas e janelas e coração. (Coração batendo no peito e encontrando a ausência crônica de outrem disposto a abrir-se.) Essa mentira imensa que me contem por completo. A ausência crônica de sujeito determinado do qual sei o nome, o número do telefone e a inabilidade em devolver os presentes metafóricos que deixo a sua porta a cada manhã: morta de mim. Se eu estou caindo assim de maneira tão real que sou incapaz de transformar em metáfores e símiles. Se eu estou caindo nessa idéia de vertigem permanente da solidão. Se estou caindo e pego-me imaginando se pedir ajuda de algo vale. Se estou caindo... porque não me dás logo a mão?

Um comentário:

Laryssa Hallak disse...

infelizmente o amor se vai para os mais fortes; só para os mais fortes. rs
*-*