18 de janeiro de 2009

Pouco, pouco tempo.

Tudo que me vinha era vontade de coisa nenhuma. Acordar cedo por não conseguir dormir. Fazer café e colocar muito açúcar. Vomitar na pia por não conseguir ir até o banheiro. Contando as horas para ver aquela que enche cada sonho que hoje não sonhei.
A vontade de ser simples por ser incapaz de usar qualquer palavra difícil demais. O amor me disse para morrer por ela.
Vinte e oito amontoados de sessenta segundos. O tempo que se perde entre vontade, raiva, medo e vontade- mais uma vez- de coisa alguma.
A falta que você me faz. Não escreverei uma carta de amor. Uma carta cheia de vontades complexas que você nunca lerá. Você nunca lê. Machuca. Machuca. Mas não me importo. Talvez nada seja para você. É só vontade de colocar algo longe de mim para que o perto seja apenas o amor, o amor. Não quero falar de amor, mas sempre caio nessa mesmice.
A chuva passou e a manhã bateu em mim. Bateu assim, bem de leve e eu senti que não posso dormir se amanheceu e eu ainda com olhos abertos.
Estou esperando. Sempre esperando. Nos dias que durarão mais do que anos. Nove horas. Nove horas. Ou um pouco mais. Um pouco menos.

Nenhum comentário: