11 de janeiro de 2008

Apenas mais uma órfã;

O dia inteiro eu penso. A noite inteira eu me entristeço por tudo que pensei durante o dia.
E se o tempo que está passando- escrevendo isso já perdi segundos que nunca serão meus novamente- eu me esqueça? Não posso viver com essa pergunta: vou me esquecer?
Tenho medo de que não me contorcendo mais de dor as lembranças podem ir embora e eu serei apenas mais uma órfã. Não terei mais os ensinamentos, as perguntas e as respostas- o que importa são as perguntas.
As lágrimas que passam pela minha boca; o sal é tudo que ele foi para mim- tudo que ninguém mais será.
Ninguem mais será.
Vou guardar as lembranças na caixa em que estão todas as fotos de uma vida- que nunca vai ser esquecida.
É impossível esquecer, que idiota fui eu de pensar nisso.

Um comentário:

-~- disse...

respondo com jorge mautner:

Nem toda nota é um tom
Nem toda luz é acesa
Nem todo o belo é beleza
Nem toda pele é vison
Nem toda bomba é bombom
Nem todo gato é do mato
Nem todo quieto é pacato
Nem todo o mal é varrido
Nem todo preso é comido
Nem todo queijo é do rato

Nem toda a estrada é caminho

Nem todo o trilho é do trem
Nem todo longe é além
Nem toda ponta é espinho
Nem todo beijo é carinho
Nem todo talho é um corte
Nem toda estrela é do norte
Nem todo o ruim é do mal
Nem todo ponto é o final
Nem todo fim é a morte

Nem todo o rei é bondoso
Nem todo rico é feliz
Nem todo chão é um país
Nem todo sangue é honroso
Nem todo grande é famoso
Nem todo sonho é visão
Nem todo pique é passão
Nem todo o mundo é planeta
Nem toda pena é caneta
Nem todo certo é razão
Nem toda pena é caneta
Nem todo certo é razão