30 de março de 2010

I get along without you very well.

O que são então essas lembranças que chegaram a mim hoje junto com os raios de sol do meio dia? Odeio o fim, mas sempre vou amar o começo. Aquela pessoa que perdeu-se entre gritos e ausências. A calmaria que precede a tempestade- ou que a sucede? No olho do furacão abri os olhos e enxerguei algo que hoje desconheço. Estamos perdidas nesse moinho que é a vida- nos levando cada vez para mais longe de quem éramos no começo. Esse perder-se e achar-se tantas vezes em apenas um nascer e morrer do sol. Em mim. Nessa pessoa em quem você se transformou não imagino que a perda e o encontro aconteçam. Imagino-te hoje como a falta de perguntas que vem logo antes da falta de vida. E são tantas palavras. Vou dizendo sobre as pequenas epifanias da noite e de repente ao olhar para as árvores lá de fora enxergo também que você é apenas uma personagem que criei no momento exato em que te vi perder-se de mim. As lembranças que hoje me acordaram são aquelas que me encantaram em um verão perdido no passado e que me fizeram querer mais- e criar. A grande epifania da noite foi que dentro do começo estava também o meio e o fim. (Essa minha maldição de inventar vidas e amores. De usar a vida como papel em branco e sem pautas.)

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