3 de fevereiro de 2010

Leitura de verão:

"Isabella sentia-se aprisionada. Setas rombudas feriam-na, atacando as barras da prisão, da sonolência, que as recurvavam; setas de amor, setas de ódio. Ela não sentia setas de amor ou ódio atravessarem os corpos das outras pessoas. Mas tinha aguda consciência- tomara vinho doce no almoço- de querer beber água. (...)
Ninguém respondeu. Os campos achatados rebrilhavam num verde amarelado, num azul amarelado, num vermelho amarelado, depois novamente apenas azul. Uma repetição absurda, horrenda, que os entorpecia."

Virgínia Woolf- Entre Atos.

Nenhum comentário: