18 de fevereiro de 2010

Casa da diversão;

A noite toda foi a mesma pergunta. Teu nome? Eu dizia com preguiça, nunca olhando em seus olhos, com um copo de uísque na mão direita e um cigarro na esquerda. Teu nome, teu nome. Eras para mim uma massagem no ego até que veio a minha mente que a dor era n'alma.
Na vitrola Fiona Apple e: I wanna make a mistake, I'm gonna do it on purpose, I'm gonna waste my time.
Com as frases dela coladas a meu canal auditivo era noite quase dia e eu só queria esquecer de mim como você fazia há cada três respirares. Teu nome?
Levantei cambaleando da cama sete vezes e fui repousar meu cansaço no quarto ao lado. A cama. A cama. Os lençóis de seda e o travesseiro de pena de gansos. Não soube meu nome n'aquela cama quando me afundei no meu próprio cheiro que impestiava a fronha. No clímax do amor com a desconhecida de mim entras no quarto como se terça feira a tarde. Trazia dor nas mãos, deixei-te entrar. As carícias, todas!, carregadas de saber meu nome. No chão só o nome dela pintado com a tinta dos desesperados.
Era dia. Fiona continuava repetindo indo indo nos meus ouvidos cansados quando tranquei a porta e deitei na cama. Antes de entregar-me àquela vontade de dormir mil sonos só a constante: amanhã temos que acordar cedo.

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