25 de dezembro de 2007

Parem todos os relógios. Desconectem o telefone. Impeçam o cão de latir com um suculento osso! Calem o pianos, e, ao som de tambores rufando, tragam o caixão. Que venha o cortejo. Deixem os aviões voarem no céu, escrevendo a mensagem : "ELE ESTÁ MORTO". Ponham laços de crepom no pescoço das pombas. Que os guardas de trânsito usem luvas pretas de algodão. Ele era meu norte, meu sul, meu leste e oeste, a minha semana de trabalho e o meu domingo, meu meio-dia, minha meia-noite, minha fala e minha canção. Achava que o amor ia durar para sempre, eu me enganei. As estrelas não são necessárias agora. Desliguem todas. Embrulhem a lua e desmanchem o sol. Esvaziem o oceano e limpem a mata, pois nada mais vale a pena

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