19 de dezembro de 2008

Bem perto.

Saudades minhas? Como? Como saudade se o movimento do levantar e pousar um dos ouvidos no telefone parece de grande esforço para o sono de noites mal dormidas ao meu lado?A voz que vai com rapidez tamanha do âmago de qualquer coisa dessas e chega a mim rápida vem com a preguiça de viver vida ao vencer dos dias ao meu lado.
Saudade come falta e pede presença. As ruas com sol a quase uma da tarde são desertos inacabáveis e te é impossível um camêlo até o meu oásis.
Serei Sylvia e Clarice e Hilda. Nem me entenderás. Ficarás com o olhar cansado do descanço de coisa alguma lendo linhas que para ti não farão sentido. Saudade não. Não diz sobre ela você que não se importa com o abandono.
Vou engolir dicionários e tocar dentro mim os discos. Vou achar um caminho que chegue a ti.
Digo saudade de ti e diz-me vontade de nada.

Um comentário:

Marie-Annie R. disse...

Não poderia ter descvrito meu estado atual com tão lindas palavras, fofa.
Claro, você é Clarice....e eu só uma mera aprendiz da vida.