3 de novembro de 2008

Let it go.


Estamos nos ferindo tanto. Tranquei-me no quinto canto de meu quarto, você não mais me vê. O que chega a mim já foi tão distorcido que não sei mais... de nada.
Mudou de cor. O sentimento não é mais o mesmo. Não vê isso? Como pode você não ver isso sendo esfregado no nosso nariz a cada briga?
Estou mentindo para você. Hoje eu minto sobre minha total necessidade de você aqui presente. Hoje eu minto.
Foram tantos nasceres de sol desde aquele sim imediato e não pensado. Foram tantas verdades. O sempre que senti e que falei nada tinha de enganação. É que a cada dia algo muda: algo morre e algo nasce.
O desespero que você agora vê em mim é o luto por essa morte. É esse grito não gritado, é esse sangue que escorre, é esse buraco dentro do meu peito- no lugar do coração.
Chove, chove, chove. Deixa que chova, me deixe aqui fora com as roupas sendo molhadas e o resto disfarçando-se. Pára!, pára de me puxar para dentro de casa: é aqui que quero ficar, preciso dessas lágrimas de vida.
Deixe-me pensar nessa vontade de morte, nessa vontade de vida e nessa falta de vontade.

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