30 de agosto de 2008

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não estou mais conseguindo andar. não volto. não vou. pela janela passam os carros e as árvores. a vida. passam por mim. a vida passa. eu fico. meio quieta com palavras presas pelos meus dentes cerrados. um músculo ou outro às vezes se contrái e fico surpresa com o movimento. não estou mais conseguindo me mover. sinto que estou do mesmo jeito há muito tempo e que se não fizer algo rápido, antes até de terminar esse dia, não vou nunca mais fazer minhas vontades de ir ou voltar ou ficar. não vou nunca mais ter vontade minha- só a de outrem que se confundiu e virou minha. mas eu sei: não é. não. não é isso o que eu quero.