18 de janeiro de 2008

Morte.

Eu já vi.
Eu já vi a morte e vivi para contar.
Ela é uma amiga que me afaga os cabelos em todos os meus momentos de caos. É sorridente, porém triste. Tem olhos que dizem tudo e os gestos que não significam nada.
Todos nós já a vimos; mas provavelmente não prestamos atenção.
Uma noite ela entrou no meu quarto; e eu estava pronta na ponta da cama a esperando. Enxugou minha lágrimas e limpou o meu sangue. Disse que o fim só existe para aqueles que realmente o querem.
Mas eu não queria. Era só o desespero gritando dentro de mim. Ainda havia vida. Ainda há. Por enquanto.
Ela continua a minha espreita; e eu sei que quando quiser posso chamá-la e ir com ela. Só precisa ser o momento certo.

Um comentário:

l. disse...

eu nunca tive, qualquer, experiência em relação a morte, sabe. e acho isso 'muito bom, obrigada e que assim continue!'

tenho o privilégio de não ter nenhuma morte significativa (só minha vó morreu, e olha que eu tinha uns seis anos e nao entendia nada!) na família :)

de qualquer forma, voce escreve muito bem!
beeejaço