O novo:

Era sete e meia da manhã quando um sonho estranho me acordou. Fiquei observando o meu quarto e não sabia onde eu estava. Olhei para a janela, para o armário, para a minha cama e: nada.
Demorei alguns minutos para me situar em meu quarto, na minha casa.
Ainda é estranho estar aqui depois de tanto tempo longe.Vivi um inferno por alguns dias. O pálido daquele hospital era um inferno para mim.A vida tem que ter cores ou então está tudo morto.
Não sei como vai ser daqui para frente. É tudo muito novo para mim. É um papel em branco onde posso escrever uma nova história ou repetir a que já foi escrita. É claro que quero uma nova, mas o desconhecido me olha bem nos olhos e eu tenho medo do que ele pode representar.
Só sei que agora, à uma e meia da tarde, não sei de nada. E talvez o não saber seja o grande mérito.